Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2018
Imagem
Querem que eu acredite! https://www.youtube.com/watch?v=szyroRQ8ciQ&feature=youtu.be Querem que eu acredite que todos os dias são iguais Querem que eu use venda que é pra eu não reclamar Eu tô de saco cheio, eu não aguento mais Nem pagando a gente consegue viver em paz Não vejo saída pra lugar nenhum Muitos trabalham pra sustentar alguns Tentam nos tirar toda a ilusão Mantendo a maioria em uma escravidão Tiram toda a ilusão De uma grande massa que vive na escuridão (Flavio Gaffrée Pacheco)
Imagem
O DESAJUSTADO https://www.youtube.com/watch?v=68VAGKmCxLM Ele só queria estar lá Ser visto como útil Por isso se agarrava ao violão como se fosse desgrudar a solidão  que lhe acompanhara pelo caminho Quase sempre estava sozinho Sentia-se pleno ao tocar seu instrumento e cantar para a plateia O desamparo desaparecia por algumas horas Não era um desajustado Aqueles que muitos viam como um artista pobre coitado. Porém ouve uma conversão, uma alteração no modo de pensar e  agir Daquele que, mesmo sendo visto co mo um idiota, nada tinha de tal  adjetivo Tomou rédias de seus pensamentos Ficou mais sóbrio Menos sombrio E completamente ativo. Não é visto mais nos mesmos lugares E nem com a feia feição A incomunicação foi desfeita É livre e decide sobre O estar, ser, ter em cada momento o que lhe é solicitado Precisa de ajuda, um conselho, um ditado? Esse cara agora é o mais ind
Imagem
O Medo de uma Noite na Vida de um Adicto Para contar esta história, tenho que repassar o contexto no qual o fato ocorreu. Considero-o um dos piores episódios de minha vida. Desde cedo, já estava altamente entorpecido. Havia negociado um Uno ano 92 por quantidades diárias de pedras de crack. Quase toda a comunidade de usuários sabia deste feito. Na pequena casa, alugada para uso e abuso da droga, raramente fiquei sozinho mas, não sei a causa ou motivo, naquela noite eu estava só e ainda havia um bom punhado de pedras. De repente, ouvi barulho de ferro nas grades de ferro das janelas, clec-clec-clec… e uma voz vindo lá de fora. Oi, Pacheco, sei que está aí, abre a porta, vamos conversar, vamos dividir o que tens aí – o som que vinha da janela era de um revólver calibre 38 e o tom de voz era de sarcasmo puro, arrepiante. Por mais que a cabeça estivesse em outro mundo, o corpo sabia que corria perigo real nesta dimensão. O pa