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Mostrando postagens de março, 2019
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Para a Arte Sei bem como é ter a idade de dezesseis anos, sonhar em ser um grande astro do Rock, com toda a fama, todo o dinheiro e glamour. Ainda mais que tinha uma banda. Podeira escrever, cantar e tocar minhas próprias composições. Em alguma época de nossas vidas olhamos apenas para nossos umbigos e isso acontece com a maioria das pessoas. Por longos anos sobrevivi a uma dor criada por minha autopiedade e arrogância. Faziam com que o peso de minhas pálpebras fosse maior que a vontade de estar acordado para este mundo. Então, enxergava apenas a mim mesmo, independente de quem estivesse ao meu lado, amigo ou inimigo. Hoje, já crescido e um pouco mais experiente, percebo que não corri atrás de fama, dinheiro ou glamour, mas de respeito, tranquilidade e paz. Descobri que nunca vivi da Arte, mas sim, para a Arte. (Flavio Gaffrée Pacheco)
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VIDA SEM OLHAR E quando nada mais brilhar? A esperança não vive nos olhos das mães Desnutridas pela fome, com seu bebê a balançar Lágrimas despencam aguardando migalhas de pães. E quando os olhos cansarem de chorar? Sentir-nos-emos menos humanos e bem menores que animais Um desconforto que não conseguiremos parar Não seríamos todos irmãos Entre nós Todos iguais? Ilusão do pobre coitado e simplório Que é argila na língua de falsa narrativa Conduzindo o miserável até o próprio velório Não teve nada de mitigável em sua vida. Esse é o destino do homem-máquina Passar pelo mundo com antolhos na cara Vivendo ainda em Ática Onde a democracia é para poucos É muito cara. (Flavio Gaffrée Pacheco)