Ave César



Viveu, doou o seu melhor. 
Sendo humano, errou, tropeçou, ofendeu.
Quem é perfeito?
Ele nunca quis mostrar o seu lado pior.

Teve uma descendente, que melhor não tivera.
Deixou crescer mimada debaixo da pele de cordeiro,
Sempre o que existia, um monstro irado.
Era o que era!

Muito choro, velas e flores, 
Sua despedida foi muito triste,
Para ser esquecido ao ponto de não merecer uma lápide.
Para pessoas minimamente sensíveis,
Isto é um absurdo, isto não existe.


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