E quando nada mais brilhar?
A esperança não vive nos olhos das mães
Desnutridas pela fome, com seu bebê a balançar
Lágrimas despencam aguardando migalhas de pães.
E quando os olhos cansarem de chorar?
Sentir-nos-emos menos humanos e bem menores que animais
Um desconforto que não conseguiremos parar
Não seríamos todos irmãos
Entre nós
Todos iguais?
Ilusão do pobre coitado e simplório
Que é argila na língua de falsa narrativa
Conduzindo o miserável até o próprio velório
Não teve nada de mitigável em sua vida.
Esse é o destino do homem-máquina
Passar pelo mundo com antolhos na cara
Vivendo ainda em Ática
Onde a democracia é para poucos
É muito cara.
(Flavio Gaffrée Pacheco)
Comentários
Postar um comentário